sábado, 9 de setembro de 2017

Lançamento de Couro de Gato & Ivo in Rio

201709050855P3  —  20.878 D.V.

“Ainda não vi esse tal de VLT.”
[Ivo Heinz]

Compareci ontem à noite ao lançamento do romance gráfico Couro de Gato: uma História do Samba (Veneta, 2017), de Carlos Eugênio Patati (texto) & João Sánchez (desenhos) na Livraria Da Vinci, no Centro.
De férias, não saí da Prefeitura, mas sim de casa, justo naquela hora do rush em que, por incrível que pareça, é mais rápido pegar um ônibus e em seguida o metrô para chegar ao centro da cidade do que ir de táxi ou de UBER.  Foi o que eu fiz e, mais incrível ainda: logrei embarcar na estação de Botafogo numa composição Botafogo-Pavuna e viajar sentado!
Por volta das 19h30 cheguei à Da Vinci, cravando uma hora de atraso em relação ao horário marcado para o início do evento.
*     *      *

Além dos autores, estiveram presentes ao local os amigos Daniel Russell Ribas, Luiz Felipe Vasques, Osmarco Valladão e Rafael Luppi Monteiro.  Porém, a maior surpresa da noite foi me deparar com o amigo paulistano Ivo Heinz, com quem costumo almoçar quando viajo para Sampa, mas que já não encontrava no Rio há uns bons vinte anos.  Ivo trouxe consigo o amigo Jaime, que conheceu numa lista de estratégia militar do Facebook.
Adquiri meu exemplar do Couro de Gato e me dirigi à mesa de autógrafos a fim de coligir as assinaturas do Patati e do Sánchez, que ainda não conhecia.  Aproveitei o ensejo para bater um papinho com o primeiro, até que a fila de amigos dos autores sedentos de autógrafos me persuadiu ternamente com uns poucos apupos a me afastar da mesa.  Patati revelou que está cogitando escrever um romance de ficção científica hard.  Respondi que, caso deseje, poderá contar com minha consultoria a partir de 2019.
Quando regressei para o grupo de amigos cariocas e assemelhados reunidos em torno do Ivo, reparei que os seis estavam com semblantes extasiados e atenções concentradas sobre um ancião nipônico que para mim era um autêntico desconhecido.  Embevecido, Felipe me sussurrou ao ouvido:
— É o Shimamoto!
Percebendo enfim o motivo para tamanha admiração, munido de sangue-frio atípico, saquei o celular e tirei algumas fotos, inclusive, uma em que Ivo saiu apertando a mão dessa lenda viva das histórias em quadrinhos brasileiras.

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Luiz Felipe Vasques, Júlio Shimamoto, Daniel Russell Ribas e Ivo Heinz.

Ivo cumprimenta o velho mestre das HQs.


Como a livraria estava explodindo de tão cheia e nenhum de nós havia jantado, saímos de lá imbuídos da pretensão vã e inglória de encontrar um restaurante ou barzinho no Centro do Rio numa noite de segunda-feira, em pleno inverno carioca.
Nossa primeira parada foi num tal de Café Gaúcho, à Praça Mário Lago.  Não ficamos ali, pois, além de ter que comer em pé, o estabelecimento pareceu com jeito de que estava prestes a cerrar as portas.  Daí, seguimos em frente, beirando a praça até a Rua São José, onde, em frente ao Terminal Menezes Cortes, encontramos uma galeteria com o nome originalíssimo de Rei dos Galetos.  Não obstante a resistência do Ribas, que fora voto vencido na decisão de bater em retirada do Café Gaúcho, selecionamos uma mesa e nos aboletamos.  Luppi afirmou que já almoçara ali e que a comida e os preços eram honestos.  Ribas se despediu de nós e foi embora, mas depois voltou e se sentou conosco.
Jantei um galeto com farofa de ovo para lá de razoável, regado por duas taças de vinho tinto (Don Guerino) e duas garrafas de água com gás.
*     *      *

Como de costume, o bate-papo à mesa se concentrou em torno das fofocas antigas e novas do fandom de literatura fantástica brasileira.  Osmarco chegou cerca de meia hora mais tarde, pois ficou de papo com um amigo na calçada da Rio Branco em frente ao prédio da Da Vinci.

Ivo, GL-R, Rafael Luppi Monteiro e Osmarco Valladão.

Luppi, Ribas, Jaime, Ivo, Osmarco e Felipe.


Por volta das 22h00, a galeteria começou a fechar suas portas, induzindo-nos a pagar a conta e deixar o local.  Dali, Luppi se despediu dos demais e seguiu para a Praça Quinze para pegar a barca para Niterói.  Caminhamos em sentido contrário até voltar para a Rio Branco.  Ali, Ivo enfim logrou satisfazer seu desejo de avistar um trem do VLT.  Então, seguimos até a estação da Carioca, onde Osmarco se despediu e os demais embarcaram no sentido Zona Sul.  Saltei na estação Botafogo e peguei o ônibus da integração das 23h00, que partiu adiantado em cinco minutos.  Dez minutos depois, chegava em casa.
Leituras de bordo na ida e na volta: O Fim da Infância (Aleph, 2010), de Arthur C. Clarke.
Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2017 (terça-feira).



Presentes no Lançamento:
Carlos Patati
Daniel Russell Ribas
Gerson Lodi-Ribeiro
Ivo Heinz
Jaime
João Sánchez
Júlio Shimamoto
Osmarco Valladão
Luiz Felipe Vasques
Rafael Luppi Monteiro

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